quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Projeto “Armários do Saber” completa dois meses

Claudinei, Drª. Socorro, Dr. José Martins, Ednilson, Euzébio Oliveira, Marcos Antonio e Neuza Ramos

As crianças são o público-alvo do projeto "Armários do Saber", que já disponibilizou cerca de 800 livros para a comunidade de Barra do Choça.

Lançado em 22 de junho, aniversário de emancipação do município, o projeto “Armários do Saber”, completou dois meses com sucesso junto aos moradores de Barra do Choça. A ideia, segundo os idealizadores, é arrecadar livros juntos a entidades privadas e à comunidade para, posteriormente, distribuí-los nos “armários do saber”. O projeto é realizado por uma equipe de voluntários composta por 12 pessoas.Ao todo já foram disponibilizados ao público, cerca de 800 livros.


Uma iniciativa inédita na Bahia, os voluntários trabalham com a ideia de que é possível ter um acervo de livros em praça pública. Segundo Claudinei Leite, um dos idealizadores, qualquer pessoa pode ter acesso às obras, 24 horas por dia, sem nenhuma burocracia ou restrição, ninguém para controlar ou vigiar os armários. “O nosso objetivo é passar a ideia de que o livro não terá um único dono, mas diversos usuários, além de ampliar seu conhecimento e também contribuir para que esse ciclo virtuoso atravessar o tempo e o espaço, já que não tem data pra terminar e não existem fatores que impeçam esse projeto de chegar a outras cidades ou estados”, disse.


De acordo com os membros do projeto “Armários do Saber”, a iniciativa vem alcançando um resultado bastante expressivo. “Queremos agradecer à população pelo apoio. São atitudes como essas que nos estimulam a acreditar que Barra do Choça é uma cidade diferenciada, e por isso, estamos empenhados neste projeto”, afirmou Leite. Em seguida, ele informou que ainda é preciso conscientizar as pessoas sobre a dinâmica do projeto.

“Queremos mostrar que os livros pertencem à comunidade e que quando alguém estiver pegando um livro no armário, ele tem que ter a consciência de que está tomando emprestado. Ou seja, o livro não é dele, é um objeto universal que pertence à praça de Barra do Choça. Você devolvendo os livros estará dando oportunidade de leitura a outras pessoas”, disse o voluntário.

A iniciativa do projeto foi tomada por ser uma coisa simples, criativa, futurista, que promove a leitura. A execução, segundo os organizadores, é favorecida pela simplicidade da idéia e pelo seu potencial e objetivo. O diferencial desse projeto é diminuir a burocracia. Eles acreditam que, a médio e longo prazo, a presença de livros distribuídos nos “armário do saber” possa mudar os hábitos de leitura dos moradores de Barra do Choça.

A curto prazo, no entanto, já está promovendo a circulação de livros pela cidade e também troca de experiências sobre a leitura, o que, por si só, já promove a leitura. A longo prazo – disse Claudinei Leite - pretendem colocar os “armários do saber” em cada praça pública e transformá-la num lugar, alegre, prazeroso e dinâmico. “Queremos ‘espalhar’ a cultura, tendo a leitura como esse meio transformador e distribuir novos armários do saber na zona rural do município de Barra do Choça, ampliando, assim, as chances de formar novos leitores, de gerar pessoas mais críticas e conscientes”, conclui.
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